quarta-feira, 26 de julho de 2017

Amores possíveis, paixões impossíveis - parte XII

Parte XII

Gum está inquieto, Clara o deixa naturalmente irritado, ele está aprisionado em seu barco de metal, que continua estático no porto. Ela percebe que algo está acontecendo, ele está diferente, parece mais distante em alguns momentos, noutros a conforta em seu braços e rouba-lhe um beijo, inesperadamente.
Ele reclama sempre que ela se atrasa para qualquer compromisso, como se ele nunca a deixasse esperando. Ela reclama das respostas incompletas, da demora para responder uma mensagem, assim eles vivem implicando um com o outro, como adolescentes.
Para Clara, Gum estava se envolvendo em outra história, o que deixava um vazio enorme e uma dor com a qual ela não sabia conviver. Ele fazia insinuações, como se desejasse ser indagado sobre um possível envolvimento com outra pessoa. Ele queria magoa-la, estava apaixonado ou estava fugindo do que sentia?
Clara chega ao imutável barco de metal, desgastado pelo tempo. Ele não a cumprimenta e como se estivesse apressado senta-se atras de sua mesa, como se fosse um escudo, ela sorri e diz que ele deveria ser educado, então ele a cumprimenta, Clara é irônica. A conversa gera em torno de assuntos do dia-a-dia, questões corriqueiros e alguns assuntos de trabalho que estavam pendentes. Em certo momento ele se descontrola, como sempre que algo o desagrada.
_ Você me irrita mais do que qualquer outra pessoa. – Sentencia Gum.
_ Fico feliz em saber, porque você também é a pessoa que mais me irrita na fase da terra. -Diz Clara, sorrindo.
Ela estava decidida a ter, pela primeira vez, uma conversa sobre o que havia acontecido no passado entre eles, falar do que sentia e entender o que estava acontecendo, mas Gum estava decidido a não enfrentar aquele assunto. Fez tudo o que pode para fugir da conversa. Num certo momento, ela simplesmente desistiu.
Ela deixa o barco de metal, pensa muito sobre aquela conversa insana, e decide mandar uma mensagem falando sobre o assunto. Ele fica em silêncio e diz que conversarão na próxima semana com tempo. Clara pensa que esse tempo é o grande problema.
Na semana seguinte, eles estão no barco de metal e muitos assuntos são tratados, os dois fogem do assunto. Clara está cansada e ele se sente aliviado. Na despedida ele a abraça e ela é distante. Parece que algo os impede de viverem toda aquela emoção que é percebida pelos que estão a volta, e que por vezes, eles tentam aniquilar. Os dois são covardes.
Clara toma uma decisão, deixará a porta do coração aberta. Quem sabe um novo ocupante, menos confuso e irritante... No momento seguinte, uma mensagem em seu celular, é de Gum que a convida para tomar um vinho, quanto tempo eles não fazem um programa como esse. Por um instante, ela pensa em recusar, mas aceita o convite inesperado.
Eles vão para um restaurante, comem uma massa e tomam vinho. Na saída ele para e a olha com ternura, se aproxima e a abraça. Clara se aninha naquele abraço e ele percebe que ela se entrega. As bocas se procuram, se tocam suavemente. Eles seguem para casa dela. Ele mostra uma garrafa de vinho, sorrindo.
_ Deixei no carro, achei que teríamos a oportunidade de saborear mais uma garrafa. – Diz Gum.
_ Mais uma?
_ Vamos aproveitar a noite, vamos nos divertir.
_ Prefiro curtir a noite e me divertir sóbria. – Responde Clara.
_ Eu quero curtir você. – Fala Gum, enquanto a abraça e beija.
Os dois se beijam ardentemente, os corpos se ajustam um ao outro, os gostos se misturam. O clima é de romance entre eles. Gum, com seu jeito rude se transforma nos momentos de intimidade. Ele a olha com ternura, a beija lentamente e passeia pelo corpo dela, com suaves toques.
Clara se entrega aos carinhos de Gum, entre eles existe uma sintonia harmoniosa. O amor e o sexo, fluem. Os beijos são ardentes, os corpos se entrelaçam, o desejo é latente. Eles se entregam ao amor. Gum a toma em seus braços e a leva para o quarto. Busca as taças de vinho. Ele para na porta e observa Clara na cama. Ela está numa linda camisola vermelha, que o deixa sem ar.
_ Você está inebriante, meu amor.
_ É para você.
_ Clara, você está me fazendo arriscar.
_ Estou te fazendo viver.
Ele sorri e se junta a ela. Clara o abraça e arranha suavemente as costas de Gum, que sente um arrepio percorrendo seu corpo. Ela se coloca atras dele e beija o pescoço enquanto suas mãos o ajudam a tirar a camisa. Ela toca suavemente a orelha dele e percorre o ombro e pescoço  com beijos. Ele se permite sentir cada toque dela, Clara se volta para ele, o abraça levando seu corpo, obrigando-o a deitar. Ela retira a calça de Gum, com toda delicadeza e com carinhos e beijos percorre o corpo dele, que se entrega.
Gum a abraça e a coloca deitada e a beija ardentemente. Ele vai desnudando Clara, com carinho e pequenos toques na pele macia dela. Ele desce a alça da camisola de Clara, enquanto beija se colo e percorre com os lábios molhados de desejo seus seios. Ele a segura com uma força na medida certa, evidenciando seu desejo. Depois percorre o corpo de Clara com os lábios, entre beijos e pequenas mordidas, ele a tortura de prazer.
Gum se deleita com os arrepios e gemidos de Clara, ao receber seus beijos e caricias. Ele a olha e a boca semiaberta dela recebe a dele, as línguas se procuram, se enroscam. As mãos entrelaçadas se apertam, os corpos estão prontos para o prazer, se tornam um só ser. Os movimentos são rítmicos, eles já sabem como dar prazer ao outro. A entrega é absoluta, Gum a deixa em êxtase. Ela se entrega a ele, que demonstra o quanto está envolvido e deixa seu corpo receber o de Clara. Os dois chegam ao ápice do prazer. Gum, surpreendentemente, sempre a toma para si depois do sexo.
Eles tomam banho juntos, e voltam para cama, ficam entrelaçados e assim adormecem. Na manhã seguinte, Clara o desperta com muitos beijos e uma linda bandeja de café da manhã. Ele se surpreende por ter dormido tão profundamente, fora de sua casa. Gum sempre dizia ter uma grande dificuldade de dormir em outra cama que não a sua. Clara estava realmente, fazendo com que Gum saísse de sua zona de conforto.
O dia começou com mais algumas horas de prazer e entrega... Seria uma nova fase do amor de Clara e Gum?




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