Um “doce” canalha - Parte XXXIII – “Uma” canalha é pior que “um”
canalha? A conquista de Ernesto
A noite,
Clara e Ernesto, se encontram com Fedra e Mesquita e seguem para casa de
Rúbia. Mesquita pauta Ernesto sobre as
reuniões ocorridas na empresa. Ele agradece ao assessor e amigo:
_ Obrigada, Mesquita!
_ Imagina. Sabe que pode contar comigo sempre.
_ Você me
proporcionou passar uma tarde espetacular com a Clara, estou muito feliz. E
parece que vou convencê-la a assumir a nova empresa.
_ Que boa
noticia! Então, podemos dizer que a tarde foi produtiva, profissionalmente
falando?
_ Foi
muito. Não só profissionalmente. Faltou apenas falarmos sobre nossa viagem.
_ Falei
para Fedra que podíamos viajar juntos, os quatro. Não gostou nada da minha
sugestão, disse que seriamos inconvenientes.
_ A Fedra está certa, eles precisam viajar
sozinhos.
_ Nós
podemos viajar os seis juntos.
_ Boa ideia, Mendes. Uma viagem em grupo.
_
Pessoal, podemos combinar essa viagem, sinceramente, acredito que será muito
divertida. No entanto, primeiro quero viajar só com a Clara, uma lua de mel
antecipada.
_ Está certíssimo, Ernesto.
_ Meninas, ouviram isso?
_ É pura empolgação.
_ É paixão mesmo.
_ Não gostou?
_ Adorei,
meu querido. Vamos organizar nossa viagem de lua de mel antecipada.
_ E depois combinamos nossa viagem entre amigos.
_ Como vai
organizar tudo isso na empresa?
_ Não
sei. Tem muita coisa acontecendo ao mesmo tempo. Vamos aguardar.
_ Tem alguma
novidade?
_ Quem sabe...
_
Ernesto, parece que você conseguiu
deixá-la tentada a aceitar seu convite, meu amigo.
_ Como
disse, estou no processo de convencimento. Sabe que não é uma tarefa fácil,
você é testemunha do tempo que demorei a conquistá-la.
_ É verdade, você é muito paciente, Ernesto.
_ Fedra, muito minha amiga.
_ Sou sua
amiga, agora o Ernesto foi um homem persistente e soube esperar, foi te
conquistando aos poucos.
_ Tem razão. Ele está me fazendo, extremamente,
feliz.
_ Eles estão apaixonados...
_ Estamos.
_ Rúbia, o Mendes se comportou bem?
_ Muito, tivemos uma tarde agradabilíssima.
_ Estão se entendendo bem? Vocês fazem um belo casal, invistam na
relação.
_ Clara,
tem razão estou adorando esta relação com a Rúbia. Hoje estava muito preocupado
com as pendências que deixei em São Paulo, sabe que minha área é de alta
responsabilidade e risco, ela me acalmou, me mostrou que não podia fazer nada,
já que por uma questão de saúde, estou impossibilitado de viajar. Colocou de
uma forma tão simplista que me fez ver a vida de outra forma. Não significa que
mudei, mas estou tentado. Agora para me conquistar ela terá que fazer como o Ernesto, ter muita paciência.
_ A Rúbia é
uma mulher forte, agora paciente...
_ Fedra
numa relação os dois precisam ceder, acredito que se quiserem manter o namoro
chegarão a um consenso.
_ Tem
razão. Estou aprendendo com o Mesquita a ser paciente, ele é muito calmo, eu
sou agitada. Ele é flexível com horários, eu super rigorosa, ele gosta de sair
para jantar, dançar eu prefiro ficar em casa e ver um bom filme. Apesar destas
diferenças, estamos nos entendendo, e aproveitando o que o outro gosta,
aprendendo a respeitar as preferências do outro.
_ Vamos para cozinha, porque essa conversa está
muito séria...
_ Vamos
discutir a economia mundial, os problemas de abastecimento de água, o
aquecimento global, assuntos mais amenos para uma noite de segunda-feira.
_ Não!
Ernesto, vamos falar da viagem de fim de semana que foi muito agradável.
_ Olha, sinceramente, só podemos fazer isso uma vez
a cada 6 meses.
_ Por que, Fedra?
_ Porque não tem regime que resista a essa
comilança.
_ Na
verdade, todas nossas conversas começam ou terminam na cozinha. A cozinha e a
mesa são nossos pontos de encontro.
_ Precisamos melhorar isso.
_ A Clara não tem essa preocupação, só come salada
_ Estou
começando a gostar de comer com a Clara, tenho me sentido muito bem, nas
últimas semanas não comi carne vermelha, e senti uma diferença.
_
Deixando de comer carne vermelha? Ernesto, meu amigo, você não é mais o mesmo.
Clara, não sei o que você anda fazendo com ele, sempre foi o mais carnívoro de
todos nós.
_ O amor é assim, transforma.
Os amigos
passam horas na cozinha, terminando de preparar o jantar, saboreando um vinho e
conversando sobre a viagem que fizeram
no fim de semana, aproveitaram para combinarem uma viagem para São José
do Barreiro no fim de semana seguinte. Clara e Ernesto pretende viajar antes do
fim do ano.
Eles
decidem passar as festas juntos na casa de campo do Ernesto. As amigas, já
começam a combinar os cardápios e a decoração para Natal e Ano Novo.
_O
Ernesto quer viajar antes do fim do ano,
quero muito que dê certo.Estou precisando de um tempo para pensar sobre o
futuro.
_ Pensar
sobre a empresa ou sobre o Ernesto?
_Sobre o
Ernesto?
_ É, não
entendi.
_ Se quer
continuar, sei lá
_ Fedra,
você acha que eu viajaria com o Ernesto para pensar se quero ficar com ele? É
totalmente sem sentido.
_ Está
certo. É que vejo a sombra daquele canalha rondando você.
_ Engano
seu. Ele fez a maior cena na empresa e não me abalou.
_
Mentira?
_ Ele
quer provocar. Hoje quase conseguiu provocar o Ernesto.
_ Como o
Ernesto?
_ Estávamos
em reunião e ele esperou, enfim.. O
importante é que não mexeu comigo, não fez diferença. Sinceramente, não senti
nada.
_ Que
ótimo! Melhor assim.
_ Se
livrou daquele verme.
_ Me
livrei do verme, estou muito feliz com o Ernesto e pensando no próximo ano.
_
Meninas, vamos jantar?
_ Vamos.
Adoro os meninos na cozinha.
_ Eu acho
muito sedutor.
_ Homens
que cozinham são charmosos.
A semana
é intensa, Clara viaja para São Paulo, fica quinta e sexta-feira, Ernesto tem
uma grande dificuldade de se acostumar com essa agenda independente de sua
amada, ele insiste que Clara assuma sua nova empresa. Na verdade, desde o inicio ele a queria na presidência. Ela
tem pensado muito sobre essa mudança, na atual empresa já atingiu o cargo mais
alto, já realizou muitos projetos, conseguiu êxito em seus maiores desafios e
consagrou seu nome no mercado. Está balançada com a proposta e acredita que
seus colaboradores, Márcio e João Pedro,
podem perfeitamente assumir seu posto, não trazendo prejuízos para empresa
atual.
Ernesto
liga inúmeras vezes para Clara, ele está enciumado com a viagem dela.
Principalmente, porque João Pedro está com ela. Para um homem como Ernesto, não
é fácil administrar essa situação. Além disso, apesar dele não comentar com
Clara, está incomodado por saber que Vitor está em São Paulo, e que poderá
abordar sua amada, sem que ele esteja por perto para defendê-la.
Clara
recebe várias ligações de Vitor. Ela está decidida a virar a página, sabe que
ele não é um homem que merece respeito, nem consideração, foi um covarde e a
usou para conseguir se projetar. Sorte dela é que a incompetência dele o
manteve fora do mercado e as atitudes desajustadas o fizeram ganhar a antipatia
de todos. Nem mesmo, a secretária que ele sacou do sertão de um bairro paupérrimo,
se manteve fiel.
Na
verdade, Clara agora sentia pena de Vitor. Uma pessoa que mentiu tanto, que acreditava ser algo que nunca foi,
que manipulou, usou seus amigos para atingir pessoas e foi capaz das maiores
armações para se beneficiar, para continuar com suas arruaças, traindo todas as
mulheres com quem se relacionou. Francesca era uma pobre infeliz, que não sabia
o homem vil que tinha ao seu lado, ou que se acomodou diante daquele canalha,
consciente de todas as traições? Clara, adoraria saber a resposta a essa
pergunta, o que dificilmente aconteceria, já que Francesca, apesar de todas as
evidencias mantinha-se submissa aquele homem.
Ernesto
se fez presente durante toda viagem de Clara, com ligações, mensagens e flores.
Ela saiu para jantar com João Pedro, na quinta-feira a noite, deixando Ernesto
incomodado. João Pedro já tinha se interessado por Clara no passado, nada
aconteceu, mas houve um interesse mutuo e Ernesto sabia disso. Ele não escondeu
seu desconforto com o jantar dos dois, Clara o acalmou e disse que confiança
era fundamental par o relacionamento deles prosperar.
Fedra e
Mesquita começam a pensar numa viagem romântica, influenciados por Ernesto, que
pede ao amigo que espere o seu retorno. Fedra está iniciando um novo projeto, o
que tem deixa-a animada e cheia de energia para investir no seu negócio.
Mesquita tem dado suporte técnico e muito apoio moral. Ele percebeu o bem que o
trabalho estava fazendo para sua amada. Fedra sentiu que Mesquita esperava ser
escolhido por Ernesto para ser o presidente da nova empresa, e provocou uma
conversa sobre o assunto. Mesquita assumiu o decepção que sentiu ao saber que a
escolhida era Clara, afinal ele estava com Ernesto desde o inicio de sua
carreira, além de assessorá-lo ganhou ao longo dos anos a amizade e uma participação nas empresas. Fedra
questiona se ele não conversará com Ernesto, ele diz que entende a escolha do
amigo, Clara é muito competente e outros empresários a assediam. Entende que
Ernesto está dando uma grande cartada, a única forma de conseguir tê-la é
oferecendo a presidência, qualquer outro cargo poderia ser oferecido por outras
empresas e tem a atual, onde ganhou o
respeito profissional. Fedra o admira por entender, e percebe o motivo da
decepção. Ela torce pela amiga, mas não consegue esconder que gostaria de ver
seu amado no cargo mais alto da nova empresa de Ernesto.
Rúbia
apesar de toda a irritação se entende com Mendes. Ele sabe que Rúbia é uma
mulher forte e decidida e que terá que adaptar-se a este relacionamento. Os
dois demonstram o desejo de se entenderem e assumem uma relação que será feita
de concessões. Mendes é um homem tradicional, para quem as regras são feitas
para serem obedecidas, quase nunca permite uma exceção. Rúbia é convencional em
alguns aspectos da vida, em outros é completamente alternativa, para Mendes
conviver com essas diferenças é um exercício de tolerância.
Clara
aproveita os dias em São Paulo para se encontrar com Saulo, que continua
demonstrando interesse por ela. Eles
conversam sobre os projetos, a saída de Vitor da empresa e Saulo evidencia seu
interesse, dizendo-se apaixonado. Com muita delicadeza, ela diz para Saulo que
está com Ernesto. Ele ignora o fato e faz uma proposta de trabalho, quer que
ela venha trabalhar em sua empresa. Clara agradece o convite e diz que tem
outra proposta e que pretende aceitar. É a primeira vez, que ela cogita a
possibilidade de aceitar o convite de
Ernesto.
Clara
retorna de São Paulo na sexta no fim da tarde. Eles combinaram uma viagem para
São José do Barreiro, no Vale do Paraíba, uma cidade turística e encantadora. Eles
saem no sábado pela manhã, cada casal num carro. Querem aproveitar o dia e a
cidade oferece passeios, tem muito da estória e a natureza é exuberante. Eles
chegam ao hotel, que fica no meio da mata, próximo de uma represa, tem um ar
bucólico. Foram para suas suítes e
depois para o almoço. Decidiram descansar por meia hora antes de explorarem a
cidade.
Os amigos
se encontram, decidem passear pela cidade e visitar o Parque Nacional da Serra
da Bocaina, contratam um passeio muito interessante,eles se divertem, fazem
inúmeras fotos e passeiam pela Igreja e pelo comércio local.Depois voltaram
para o hotel e foram jogar tênis de dupla,
se divertiram muito, Rúbia e Mendes venceram. Eles vão se banhar para
jantarem. Clara e Ernesto estão radiantes.
_ Minha
querida, você é sempre agradável. Adoro estar ao seu lado. Estou me divertindo
como não fazia, não, como nunca fiz antes.
_Fico
feliz, quero te ver bem.
_ Estou
bem, estou ao seu lado.
_
Ernesto, me sinto tão em paz com você.
_ Eu
também. Sinto-me como nunca. Estou pleno, leve e com vontade de viver, de
aproveitar as coisas boas da vida.
_Que
ótimo! Vamos aproveitar muito.
_Quem vai
para o banho primeiro?
_Vamos
juntinhos.
_ Vamos,
só não podemos demorar.
_ Não?
_Não, meu
querido. Teremos a noite inteira para nos amarmos.
_ Vamos
jantar rápido e voltar logo.
_
Ernesto, temos muito tempo...
As
comidas agradaram o paladar dos amigos, exceto de Clara que manteve a dieta
comendo apenas saladas. Eles se divertem, durante o jantar com as estórias
contadas por um casal que se aproximou do grupo. Depois do jantar eles combinam
de acordar cedo, no domingo, para cavalgar e fazerem uma caminhada. Clara e
Ernesto, decidem caminhar pelo hotel antes de irem dormir. Eles aproveitam o céu
estrelado para namorarem e admirarem a lua e as estrelas. Depois vão para o
quarto e se amam intensamente. Dormem entrelaçados.
Na manhã
seguinte, eles tomam café e vão cavalgar. Depois os amigos aproveitam o espaço para jogos que o hotel oferecia,
enquanto as amigas caminham e conversam sobre suas expectativas, profissionais
e pessoais, para o novo ano que se aproximava.
_ Quero realizar um grande sonho no próximo ano.
_ Clara, que sonho é esse?
_ Só vou contar quando estiver pronto, me aguardem.
_ Um novo
amor, um sonho que está para realizar, a possibilidade de um desafio
profissional, amiga o ano está terminando muito melhor do que começou.
_ Graças
as Deus. Estou muito feliz. Agora vocês duas não podem reclamar de nada. Fedra,
encontrou seu amor, está investindo no projeto que sempre quis. E você, Rúbia,
continua com seu trabalho, com um homem independente, seguro e firme como o
Mendes, as duas planejando viagens para o inicio do ano. Me parece que tudo
está caminhando muitíssimo bem, para nós três.
_
Merecemos. Depois do que passei com aquele canalha que aprontou comigo.
_
Realmente, as nossas antigas escolhas, foram decepcionantes.
_Vamos
pensar no que temos, o passado serviu de experiência para acertarmos o
presente. Não vamos nos prender ao que já aconteceu.
_ Tem
razão.
_ Vamos
encontrar nossos meninos.
_ Vou
viajar com o Ernesto por 15 dias, embarcamos na próxima semana.
_ Decidiram tão rapidamente.
_
Queremos passar o fim de ano com vocês, na casa de campo. Achamos mais tranquilo
viajar nesse período e vou aproveitar a viagem para decidir o que farei no
próximo ano.
_ Está pensando em trabalhar com o Ernesto?
_ É
desafiador, isso me faz pensar. O Saulo me convidou para trabalhar com ele, o
Augusto já tinha feito o convite. Assumir a presidência da empresa, que já
nasce com a marca do Ernesto, e competitiva no mercado, é um desafio
profissional que nunca pensei em assumir. Estou com muita vontade de aceitar,
mas tenho que avaliar os aspectos positivos e os negativos.
_ Pondere bem, é um passo que pode impactar na
relação de vocês.
_ Esse é
o ponto que mais me preocupa. Fedra, o Mesquita ficou incomodado com a decisão
do Ernesto?
_ Ficou
sim. Eu quero te ver bem, mas esperava que o Ernesto o convidasse. Por outro
lado, ele disse que a presidência era a única possibilidade de ter você na
empresa.
_ Ele tem
razão. Para ser diretora poderia ir para qualquer empresa. O Ernesto sabe que
essa seria a única chance, e despertou minha vontade de me arriscar nessa
empreitada nova.
_ Um
desafio é sempre um estimulo para vida. Depois de tudo que passou esse ano com
aquele canalha, acredito que seja uma grande oportunidade.
_ Rúbia,
pensei nisso. Talvez mudar o rumo da vida, um novo amor, um novo desafio
profissional e estou pensando em realizar aquele antigo sonho.
_ Que sonho?
_ Segredo.
_ Não vai nos contar mesmo?
_ Não. Saberão em breve.
_ Estou super curiosa.
_ Eu também.
_ Engraçadinhas...
Elas
encontram os seus amores, cada um segue para sua suíte e se encontram para o
jantar. Clara e Ernesto estão em clima de romance, mais que os outros casais. Eles
voltam de viagem na segunda pela manhã. A semana é agitada para todos, Clara e
Ernesto estão arrumando as malas para viajar. Ele fará uma surpresa para ela,
que não sabe o destino. Aceitou saber para onde viajarão apenas no aeroporto.
Ele diz que a surpreenderá. Chega o tão esperado fim de semana, se reúnem na
casa de Ernesto. Um jantar de até breve, para os amigos que viajarão, todos
fazem suas apostas sobre o destino escolhido por Ernesto, que faz o maior
suspense.
Um “doce” canalha - Parte XXXIV – “Uma” canalha é pior que “um” canalha?
A viagem de Clara e Ernesto
Na manhã
de sábado, todos seguem para o aeroporto. Clara está ansiosa para conhecer o
destino que passará os próximos 15 dias. Os
amigos fazem apostas:
_ Eu acho
que irão para Itália.
_ Rúbia,
acho que não é a cara deles, minha aposta é a França.
_ Mendes,
eu acho que irão para a Austrália.
_ Nossa,
Fedra! Eu aposto na Suíça, ele vai surpreender na primeira viagem.
_Olha,
Mesquita eu achei que fosse a Inglaterra mas, depois de algumas informações
mínimas, para preparar as malas, acredito que estava errada.
_ Conta Ernesto
_Erram
todos. Nosso roteiro é: Turquia, Egito e Grécia.
_ Grécia e Egito sempre fizeram parte das minhas
viagens dos sonhos.
_ Uau! Viagem
dos sonhos, mesmo.
_ Nossa que maravilha de roteiro, vou copiar com a
Rúbia.
_ Eu também!
_ Com a Rúbia, Mesquita?
_ Não. Com a minha amada Fedra.
_ O Ernesto surpreende mesmo. Amiga esse homem não
existe.
_ Existe e agora é meu.
_ Segura amiga, segura porque outro igual...
_ Como assim? Eu não sou romântico?
_ Mendes, você é encantador. Agora, o Ernesto supera
qualquer um.
_ Ernesto, está dificultando a nossa vida, não é
Mendes?
_ É, com certeza.
_ Pessoal
está na hora de embarcarmos. Vamos voar direto para Istambul e depois seguiremos para o Egito e por fim para Grécia. Reencontramo-nos
daqui 15 dias.
_ Estaremos todos aqui, aguardando por vocês.
Eles se
despedem e Clara e Ernesto embarcam na viagem de lua de mel antecipada, uma
viagem dos sonhos. Eles aproveitam ao máximo, tudo o que podem. É outono em
Istambul e a temperatura gira em torno de 15º, bastante agradável. Clara e Ernesto se encantam com a cultura
daquele povo, visitam as mesquitas, fazem passeio de barco pelo Mar Egeu e vão
a Capadócia, passam 3 dias naquele lugar mágico, em clima de romance e muita
sedução. Eles estão mais unidos e cúmplices, a vida amorosa é intensa e a
viagem está despertando novos desejos e a vontade de Clara de realizar seu antigo
sonho.
Chegam ao
Cairo, com seus monumentos faraônicos, com mesquitas antigas e fascinantes. Visitaram a Igreja Suspensa,
construída no século 4 e ficaram impressionados com a beleza daquele
lugar. Visitaram museus, dentre os quais
o Museu Islâmico que possui a mais importante coleção de arte islâmica do
Egito. Clara levou um véu para respeitar a cultura local, as mulheres ao
entrarem nos templos devem cobrir a
cabeça e ela vivenciou essa experiência com muito prazer.
Decidiram
passar 7 dias na Grécia, começando por Atenas, que é uma viagem na história,
caminhar nas ruas que Aristóteles, Platão e Sócrates filosofavam é um
privilégio. Os restaurantes rústicos situados nas ruelas e com comidas extremamente saborosas, que por
sorte contam com cardápios em inglês, são um convite a horas de puro deleite. O povo grego é muito simpático e alegre.
Atenas tem uma boa infraestrutura
turística e muitas das atrações podem ser visitadas a pé. Em Acrópole, estão as
quatro obras-primas da arte grega
clássica: o Parthenon, O Propileus, o Erecteion e Templo de Atena, seguiram as dicas dos amigos
e realizaram a visita cedo. Eles aproveitaram para visitar a Torre dos Ventos,
erguida para medir o tempo por volta de 100-50 a. C. Depois foram para as
Ilhas, partindo do porto de Pireus, aproveitaram tudo o que as Ilhas oferecem,
Mikonos a mais famosa, foi explorada por eles que alugaram um carro para
passearem pelas praias mais desertas. Clara e Ernesto estavam apaixonados, não
perdiam um minuto do passeio entre beijos e carinhos, curtiam tudo, exploravam
todos os espaços e absorviam a cultura local. Clara diz que está propensa a
aceitar o convite para assumir a presidência de sua empresa, ele fica radiante
com a noticia, apesar de não ser uma resposta definitiva.
_ Meu amor,
receber essa notícia nesse paraíso, não tem nada mais especial. Estou
emocionado, feliz e cada vez mais apaixonado por você. Te amo muito.
_
Ernesto, essa viagem está mudando minha vida, e tudo isso porque você é um
presente e me encorajou a encarar esse novo desafio, e com isso está me dando
coragem para encarar outro desafio, maiores ainda.
_ O que pretende?
_ Assim que
tiver realizado esse sonho, será você o primeiro, a saber.
_ Já tem meu apoio, conte comigo.
_ Adoro você.
_ Eu te amo.
_ Nossa
viagem está terminando, amanhã retornamos, com uma certeza, não somos mais os
mesmos...
_ Quero te fazer um convite.
_ Outro?
_ Vem
morar comigo?
_ Vamos
aproveitar cada momento, mas é cedo para um passo tão importante.
_ Estamos
viajando juntos e felizes, por que não daria certo?
_ É muito
diferente, sabe disso. Vamos viver um dia de cada vez, e tudo vai dar certo,
tenho certeza.
_ Está
bem. Preparei umas fotos para mostrar aos nossos amigos na volta.
_ Eles
estão preparando um jantar, para nossa chegada.
_ Será
bom revê-los, estou com saudades de todos.
_ Tenho
saudades deles e uma vontade enorme de continuar viajando com você
_ A
viagem foi linda, tudo perfeito, o roteiro que escolheu é deslumbrante e
acredito que não seja realizado por muitos. Agora, estou com saudades da minha
casa, da minha cama e dos amigos...
_ Sinto
falta, só que você preenche todos os espaços.
_ Sou tão
espaçosa assim?
_ Adoro
esse seu jeito.
_Você que
desperta esse lado mais leve e divertido.
_ Desperto mais alguma coisa?
_ Muitas
outras coisas, desperta o meu lado doce e minha vontade de viver a vida
intensamente ao seu lado.
Eles se beijam e se abraçam e seguem
para o hotel, é a última noite naquelas ilhas.
_ Estou estarrecida com aquele por do
sol em Oia, é muito belo, é um quadro natural, o mar azul, as casinhas brancas
e aquele tom laranja avermelhado.
_ E aproveitamos essa vista única
naquele barzinho, com um vinho...
_ A gastronomia é fabulosa. E os
aplausos de agradecimento à natureza, emocionam.
Eles chegam à suíte, aproveitam para
tomar um demorado banho e se amam, na noite de despedida das Ilhas Gregas.
Depois do jantar, selecionam uma sequencia de fotos que mostrarão para os
amigos na volta. Eles retornam e os
amigos, como combinado, os aguardam no aeroporto, é uma grande festa. Depois
Clara e Ernesto seguem para casa dela, que aproveita para passear pelo seu
jardim e admirar suas plantas, que a faz muito bem. Ernesto a observa
caminhando e percebe que não importa se
ali naquele instante ou nas lindíssimas ilhas gregas, o que conta é estar ao
lado daquela mulher, que chegou e mudou sua vida. Eles entram, tomam banho
juntos, fazem amor e ficam todo o tempo livre na cama, descansando.
A noite, vão para casa de Ernesto e
aguardam os amigos. Ele já tinha pedido para seus colaboradores deixarem o
jantar pronto. Nada como uma comida caseira para matar a saudades de casa. Os
amigos chegam, com pequenos mimos e eles os recebem com belas imagens da
viagem. Clara distribui lembranças para seus amigos, as amigas ficam encantadas
com as pedras e lenços que ela trouxe.
_ Amiga, que lindos!
_ E as pedras, maravilhosas.
_ Vocês merecem...
_ Conta tudo...
_ Foi tudo lindo, especial,
maravilhoso. Estou feliz, vivendo um momento único na minha vida.
_ E decidiu sobre a empresa e aquele
seu sonho misterioso?
_ Decidi. Não vou contar qual foi a
minha decisão.
_ Por quê?
_ Porque quero definir algumas coisas,
só isso.
_
As fotos são impressionantes, é muito lindo. Quero fazer essa viagem com
a Fedra.
_ Nunca pensei num roteiro como esse.
_ Poucas pessoas fariam...
_ É ousado. É extremamente belo.
_ Quando se está acompanhado com uma
linda mulher, como eu estava. Qualquer viagem é bela, encantadora e tudo mais.
_ Na verdade, quando se está
acompanhada por um homem maravilhoso e apaixonado, tudo fica lindo. Ele
surpreendeu, criou um roteiro único.
_ Realmente ele é único como o roteiro
que criou.
_ Estou começando a ficar com
ciúmes...
As amigas riem.
_ Como foram as últimas semanas de
vocês?
_ A minha foi de correria, estou
finalizando aquele projeto e decide oficializar meu trabalho, criando uma
empresa e me lançando, definitivamente, no mercado.
_ Parabéns, Fedra! Fico muito feliz,
já era tempo de decidir se arriscar, você faz muito bem o seu trabalho e tem
mercado, precisa mesmo se lançar e alçar novos vôos.
_ O Mesquita foi muito parceiro, me
ajudou o tempo todo, além de me apoiar moralmente, me deu todas as informações
técnicas, a burocracia, foi fundamental nesse processo.
_ Que boa noticia! E como vocês estão?
_ Muito bem, às vezes, a ex-mulher
problema, dá problema. Apesar disso, estamos nos entendo, cedendo e
conquistando um ao outro, diariamente. Vamos viajar no inicio do ano.
_ Sugiro que façam o mesmo roteiro que
fizemos, é muito especial. E você, Rúbia?
_ Estamos caminhando. O Mendes é difícil,
temos pontos de divergência e chegar a um consenso nem sempre é fácil. Como o
sentimento tem se fortalecido, estamos realmente envolvidos, procuramos superar
as diferenças sem maiores traumas. Profissionalmente, minha vida está muito
tranquila, sou uma pessoa feliz e realizada. E no amor, estamos construindo
nossa relação com base na paciência e na tolerância.
_ Só isso?
_ Como assim?
_ O amor e o desejo não fazem parte
dessa relação?
_ Fazem, socorro! Ele é um grande amante,
super carinhoso, nos damos muito bem, felizmente!
_ Ah! Estávamos preocupadas, não é
Fedra?
_ É verdade, estava parecendo uma
amizade ou uma relação profissional.
_ Falta um pouco de paixão, insanidade
e loucura nessa relação, o que combina com você.
_ Insanidade e loucura, com o Mendes?
Não acontece, ele é muito sério e metódico, nem nos momentos mais íntimos ele
se permite ousar, tanto assim.
_ Você consegue doutriná-lo, tenho
certeza. Quando ele experimentar um pouco dessa insanidade, que você tem na
medida certa, se rende ao seu charme e será mais feliz. Ele precisa sair
daquela zona de conforto e se permitir um pouco mais.
_ Falo isso para ele, difícil é
convencê-lo.
_ O Mesquita, é mais liberal, eu que
preciso me permitir mais, porque ele exerce bem essa insanidade, uma paixão
mais arrebatadora, empolgante e gosta de surpresas, de novas experiências e de
muita energia.
_ Uau! Vou falar para o Mendes fazer
umas aulas com ele...
_ Não posso reclamar de nada, Ernesto
é maravilhoso e me dá, absolutamente, tudo que preciso, que desejo e surpreende
com carinho e muita entrega, tornando tudo especial.
_ Esse homem tem que apresentar algum
defeito.
_ Ele é extremamente ciumento. Tenho
conversado muito sobre confiança, acredito que pelas experiências vividas ele
tem certa dificuldade com isso.
_ Ciúmes é complicado!
_ Nossa, lembrei do canalha, “é
complicado”, não era assim que ele falava?
_ Era, quando as “amigas” ligavam e
ele não podia falar, dizia isso.
_ Já que a Fedra lembrou, vou contar a
última que comentaram a respeito dele. Uma amiga, disse que ele desqualificou
você para a Francesca, para justificar tudo o que aconteceu, principalmente a
perda do emprego, te responsabilizou por tudo e ela, claro, acreditou. Agora,
está de novas amigas, a Milene e outra, mais baixo nível, que as demais. Sempre
com a mesma conversa, de que foi vitima, que está passando por dificuldades
porque acreditou demasiadamente nas pessoas, foi enganado, traído e tudo
mais...
_ É uma comédia. Como ele consegue ser
tão pulha? É impressionante. Hoje vejo como ele é rasteiro, não tenho nenhum
sentimento, nem magoa, nem pena, é totalmente, indiferente. O que me deixa
feliz, é que não me lembro dele tem muito tempo. Ele continua me mandando
mensagens, só que não abro, não leio, apago todas.
_ Você sofreu com esse ser repugnante,
mas depois recebeu uma grande recompensa, porque o Ernesto é o oposto desse
canalha.
_ Verdade! O Ernesto é muito tudo
bom...
_ Só que as safadezas dele não
terminam ai, essa minha amiga me falou que ele está envolvido em outras coisas.
_ Tenho até medo de perguntar,
envolvido com?
_ Parece que numa estória da venda de
um hotel, ele queria ganhar um “extra”, além do que já havia sido combinado.
_ Sabia disso. Na verdade, um dia
estava voltando de uma viagem e o corretor ligou para ele, acabou mencionando
sobre esse extra, como o som do telefone era muito alto, ouvi a fala. Ele
desligou e disse que tinha caído a ligação, tentou minimizar a situação, é
capaz disso e de muito mais, não tenho duvidas. Precisa se dar bem a qualquer
preço, é só ver o que faz com a Francesca.
_ É muito covarde. Tenho pena dessa
moça, nem conheço e sinto pena.
_ Estive com ela poucas vezes, mas
sinto pena também.
_ Eu não sinto. Toda mulher sabe
quando um homem está traindo, se ela continua com ele mesmo assim, é porque
gosta e aceita essa vida.
_ Será, Fedra?
_ Acredita que ela não sabe de você?
_ Tenho certeza que sabe e aceita as
traições do Vitor.
_ Tem mulher que é submissa mesmo.
_ Ou ela ama o canalha.
Eles jantam e Ernesto apresenta a
seleção de fotos da viagem. Os amigos se encantam com as imagens, e com os
relatos dos dois. As fotos mostram como eles estão apaixonados, a relação entre
eles está cada vez mais intensa e as fotos demonstram isso.
Um “doce” canalha - Parte XXXV – “Uma” canalha
é pior que “um” canalha? O fim de
ano está chegando...
Novembro
passa voando, Clara está com inúmeros projetos na empresa e têm viajado muito,
deixando Ernesto incomodado, eles tiveram o primeiro desentendimento.
_ Vai
passar a semana toda em São Paulo?
_
Preciso. Tenho várias reuniões. Vou encontrar o Saulo também, e tenho algumas
conversas políticas para encaminhar com o Samuel.
_ Você
passou quase o mês todo viajando. Quando teremos tempo para nós dois?
_ Meu
amor, adoraria passar a semana com você, mas é o meu trabalho tenho que viajar.
_ Aceita
o meu convite e sai dessa empresa, assim você poderá organizar melhor sua vida,
as nossas vidas.
_
Ernesto, decidirei no inicio do ano, porque tenho projetos pendentes que não
posso deixar em aberto.
_ Na
nossa viagem acreditei que tinha decidido.
_ Disse
que estava propensa a aceitar, e continuo. Tenho que administrar o que está em
andamento. Não posso sair sem finalizar o que está pendente, sabe disso.
_ Vai
encontrar o Saulo, o Samuel, viajar com o João Pedro, o Márcio, só falta
encontrar com o Mendes
_ É crise
de ciúmes?
_ O que
acha?
_ Acho
que estamos juntos e que não tem espaço para ciúmes, porque trabalhamos,
viajamos com outras pessoas.
_ Eu ando
com muito ciúme de você, estou passando por um momento difícil mesmo.
_ Não tem
motivo para ciúmes e sabe disso, estou apaixonada, quero estar com você.
_ Sei
disso, vem aqui...
Eles se
abraçam e se beijam. Estão na casa de Clara, ele dormiu com ela, que começa a
preparar as malas para viajar. Ernesto continua na cama, olhando cada movimento
de sua amada. Ela termina de arrumar, separa o terninho para viagem, ele não
gosta do modelo e diz que ela estará bela demais para viajar sozinha, pior ainda,
viajar com o João Pedro e Márcio.
_ Clara
esse terninho é muito bonito e sensual, fico muito incomodado com você usando
longe de mim.
_
Ernesto, me incomoda essa fala sua. Não vamos discutir por conta do modelo que
estou usando, acho pouco para se preocupar, não acha?
_ Tenho
ciúmes, Clara. E está ficando difícil controlar.
_ Sinto
ciúmes, só que não fico controlando você. Não faz isso, não vamos estragar
nossa relação, está bem?
_ Vou
tentar me controlar.
Clara se
deita ao lado de Ernesto, se beijam e se amam intensamente. Eles tomam café e
depois ele a deixa na empresa, a viagem de Clara será no fim do dia. Ela tem
reunião com Marcio e João Pedro, durante a manhã toda. Estão revisando as apresentações dos projetos
que farão durante a viagem. Vitor liga para Clara, ela não atende. Ele manda
recados, ela ignora e apaga todos sem ler.
No fim da reunião agendam a saída para São Paulo.
_ Clara,
nos encontramos aqui na empresa?
_ João
Pedro, passo na sua casa e depois passamos no Márcio, vou despachar com a
Mariah e sair para o almoço, não volto para empresa.
_ Está
combinado. Que horas saímos?
_
Acredito que as 18:00hs, não quero chegar tarde em São Paulo, para descansar
bem.
_
Concordo. Prefiro dormir lá e acordar tranquilamente para nossas reuniões.
_ Clara,
telefone para você.
_ Quem é?
_ O
Vitor.
_ Mariah,
estou ocupada, não posso atender.
_ Clara,
desculpa a insistência, mas acredito que deva atender.
_ Não,
estou ocupada.
_ Está
bem.
Clara
finaliza a conversa com os dois e chama Mariah para despachar.
_ Mariah,
o que aconteceu?
_ Ele
estava muito nervoso, parecia estar chorando.
_ Cena,
ele chorou duas ou três vezes, quando foi conveniente.
_ Não
sei, parecia ser sério.
_ Não
importa o que tenha acontecido, não me diz respeito.
_ Está
certa.
_ O que
preciso assinar?
_ Esses
documentos, os projetos que vocês levarão e tem alguns projetos que precisam
ser analisados.
_ Quanto
aos projetos a serem analisados, são para o próximo ano?
_ São.
_ Então,
coloca no e-mail do Márcio e do João Pedro, também.
_ Você
não quer analisar primeiro, como sempre?
_
Quero dividir com eles. Mariah, qualquer
coisa me liga. Me passa relatório diário e me cobra o feedback das reuniões
para que você já monte os relatórios e me encaminhe para ajustes. Quero chegar
na segunda-feira, com apenas o relatório de sexta em aberto, combinado?
_ Perfeito.
_ Tem
mais alguma coisa?
_ Não.
_ Então
vou almoçar, o Ernesto deve estar chegando e de lá vou para casa, acabar de
arrumar as malas e me preparar para pegar estrada.
_ Boa
viagem! Ótima semana! Que vocês tenham êxito e sucesso nas reuniões em São Paulo.
_
Obrigada! Uma semana de sorte para você. Passa-me todas as informações,
diariamente.
Clara liga para Ernesto que está chegando à empresa, eles seguem para o
restaurante, onde os amigos aguardavam por eles.
_ Que surpresa, Mesquita, Fedra e Rúbia, tenho certeza que não é
coincidência.
_ Não. O Ernesto nos disse que você passará uma semana fora, viemos
almoçar com vocês.
_ Muito gentil, na sexta-feira à noite ou no sábado pela manhã, estarei
de volta.
_ Vai ficar a semana toda?
_ Vou, amiga.
_ O Ernesto vai com você?
_ Não. Vou com Marcio e João Pedro.
_ É o que ela pensa.
_ Não entendi.
_ Vou subir com você hoje.
_ Ernesto você não tinha compromisso em São Paulo, agora tem?
_ Tenho, acompanhar você.
_ Adoro sua companhia, só que parece que está fazendo isso por ciúmes, o
que me incomoda profundamente.
_ Tenho negócios para resolver em São Paulo antes do final do ano, como
já estamos na primeira semana de dezembro, decidi aproveitar que você estará lá
e subir. Podemos aproveitar para fazer as compras de final de ano, ir ao teatro
e cinema, sair para jantar, aliamos os compromissos e momentos de lazer. Não
falei antes, porque tinha pendências na empresa que se não fossem solucionadas,
me impediriam de subir. Queria fazer uma surpresa, não gostou?
_ Gostei. Adoro passar o tempo com você, não quero que mude sua agenda
para acompanhar a minha.
_ Eu adequei a minha agenda, para aproveitarmos o tempo juntos.
_ Está bem.
_ Mesquita, qualquer coisa me liga. E a viagem de vocês?
_ Estamos nos organizando, vamos passar 10 dias na Itália, no inicio do
ano.
_ Que romântico, adorei.
_ Vocês vão adorar, aproveitem bem, divirtam-se.
_ E mandem fotos.
_ Podem deixar, mandaremos fotos e falaremos pela internet.
_ Nós optamos por acessar a internet só a noite. Mesmo assim conseguimos
falar com vocês, ou melhor, mandar mensagens.
_ Não queriam perder tempo com os amigos.
_ Imagina, que maldade. Fizemos fotos pensando em vocês, o Ernesto
preparou aquela linda apresentação durante a viagem.
_ Está certo, foi maldade da Fedra.
_ Ela quando quer, sabe ser “gentil”... Mesquita essa viagem tem que
deixá-la mais doce...
_ Pode deixar que me esforçarei para adoçar essa mocinha.
_ Rúbia, vocês irão para Itália com eles?
_ Não sei. O Mendes não pode viajar agora, queríamos aproveitar uma
semana...
_ Que pena!
_ Vai ser melhor, vamos tirar de 20 a 25 dias de férias em janeiro.
_ Também quero tirar férias em janeiro.
_ Vocês acabaram de chegar de viagem.
_ Viajar é tão bom, faz bem para alma e aprendemos muito com outras
culturas, da vontade de viajar sempre.
_ Vamos pedir?
_ Vamos, tenho que voltar para empresa.
_ Fedra e o seu negócio?
_ Estou finalizando, acredito que na primeira semana de janeiro começo.
_ Boa sorte! E conte comigo.
_ Assim que estiver tudo finalizado quero ouvir sua opinião, antes de
lançar, assim posso fazer ajustes se for necessário.
_ Estou a sua disposição, pode mandar por e-mail, como quiser.
_ Fedra, te desejo muito boa sorte e se tiver projetos interessantes me
apresente.
_ Ernesto, agradeço. Adoraria, só
me sinto constrangida pela relação sua com o Mesquita.
_ Fedra, se não for bom o projeto, tenha certeza, que irei recusar.
Agora, se o projeto for interessante, por que vou deixar para concorrência?
_ Está certo, tem razão.
_ Fedra, tem que mandar e arriscar. O Ernesto é muito profissional. Ele
não aprovou projetos que apresentei, inclusive, projetos que eu mesmo
desenvolvi. Ele é empreendedor, não vai perder dinheiro, fique tranquila.
_ Em janeiro mando para vocês.
Eles almoçam e se despedem. Clara e Ernesto seguem para casa dele, que
prepara suas malas, depois se encaminham para casa de Clara, que liga para João
Pedro
_ Oi, João.Você pode ir guiando o
meu carro?
_ Posso, quer que vá até a sua casa?
_ Não. Eu passo e deixo o carro com você.
_ Você não irá?
_ Vou com o Ernesto. E vocês seguem com meu carro, porque amanhã
precisaremos dele. Vamos ficar no mesmo hotel, o que facilitará.
_ Posso ir com meu carro, e fico a sua disposição para as reuniões.
_ Não, vai com o meu.
_ Fico com receio, se acontece alguma coisa.
_ Tudo bem, fique tranquilo.
Deixo o carro às 18:00 horas.
Ernesto e Clara passam a tarde juntos, aproveitam para ver e-mails e
fazer algumas ligações. Clara vê que Vitor enviou inúmeras mensagens, ela
decide dar uma olhada e se surpreende.
_ Clara preciso conversar com você, por favor, atende.
_ Estou desesperado, preciso de você, tem que me ajudar.
_ Clara, me atende, vou fazer uma loucura, vou invadir sua casa. Preciso
falar, é importante. Preciso de ajuda.
_ Não aguento mais, preciso de você, não me deixa.
_ Clara, atende.
Ernesto se aproxima e ela mostra as mensagens, ele pergunta o que ela
quer fazer. Clara diz que não irá ligar, nem atender, esse assunto está
finalizado. Ele a abraça e diz que estará com ele para qualquer coisa.
_ Ele tem que entender que acabou.
_ Está certo, te amo.
_ Eu te amo, te amo mesmo.
_ Clara, você é o grande amor da minha vida.
_ Estou começando acreditar que você é para sempre.
Eles seguem para casa de João Pedro, que os espera. Clara deixa o carro
e segue com Ernesto para São Paulo, param para jantar no restaurante predileto
dela, chegam ao hotel e vão dormir. Clara vê novas mensagens de Vitor, continua
ignorando todas. Aproveitam para organizar o dia seguinte, ela tem reuniões
pela manhã e no inicio da tarde, ele também. Combinam de se encontrar no hotel
a tarde. Vão aproveitar para começar as compras para o fim de ano, Clara e
Ernesto estão deitados quando o telefone dela toca, ele pega o telefone e vê
que é Vitor, passa para Clara, ela não
atende.
_ Posso atender?
_ Pode.
_ Alô!
_ Quem está falando?
_ Ernesto, o que você quer?
_ Preciso falar com a Clara, não me intimida atendendo o telefone dela,
seu velho.
_ Vitor, ela não quer atender. Pelo número de mensagens que mandou hoje,
chegamos a pensar que era algo importante. Só que pelo jeito é só mais uma das
suas mentiras.
_ Não vou falar com você. Quero falar com ela, passa o telefone para ela
agora.
_ Não vou passar, esquece.
Ernesto desliga. E comenta com Clara.
_ Ele é muito inconveniente.
_ Está sendo gentil, meu amor. Ele acha que pode manipular todo mundo,
fazendo ameaças. Vem pra cama, vem ficar juntinho...
_ Me deixou irritado, preciso respirar um pouco.
_ Amor, não deixa que ele entre aqui no nosso espaço, por favor.
_ Tem razão, vamos ficar juntinhos, abraçadinhos, quero muitos beijos de
minha amada...
_ Beijos? Muitos beijos?
Eles se beijam e ficam abraçados, juntinhos e dormem assim como se
fossem um único ser. Na manhã seguinte, acordam e vão para seus compromissos,
se falam várias vezes durante o dia. Tentam almoçar juntos e não conseguem.
Clara fica presa no trânsito. À tarde,
Clara cumpre sua agenda de reuniões e segue para o hotel. Antes de subir, decide tomar um café com seus
colegas, e conversar sobre o resultado das reuniões. João Pedro e Márcio farão
os relatórios preliminares e encaminharão.
_ Clara, acredito que a Mariah mandou por engano, os projetos para nosso
e-mail.
_ Eu pedi, gostaria que vocês avaliassem comigo os projetos.
_ Como assim?
_ Pessoal, quando saio de férias alguém precisa fazer isso, então, acho
justo que vocês estejam aptos. São as pessoas, ao lado da Mariah, de minha
inteira confiança.
_ Clara, não imaginei chegar à empresa e ter todo esse espaço para
trabalhar, mostrar meu potencial. Fico grato!
_ Você é muito competente, João.
Ernesto chega e vê Clara com os dois, sente ciúmes. Ela acena e o chama para tomar um café.
_ Trabalho com você e sei o quanto é generosa com seus colaboradores.
Sinto-me honrado e tenha certeza da minha eterna fidelidade e gratidão.
_ Márcio, nossa parceria sempre foi de sucesso, sempre foi um excelente
profissional.
_ Cheguei no momento certo?
_ Oi, meu amor. Chegou sim. Estou falando sobre as parcerias, eles vão
me auxiliar na analise dos projetos para o próximo ano.
_ Verdade?
_ Sim
_ É um sinal?
_ Não. Simplesmente, uma mudança na empresa.
_ Olá, pessoal! Podemos subir?
_ Podemos. Se quiserem podem usar o carro, só comportem-se porque amanhã
a maratona começa mais cedo.
_ Fique tranquila.
_ Até amanhã.
Eles conversam sobre o dia e combinam que irão as compras e depois vão
jantar no restaurante de um amigo de Ernesto.
_ Aproveitamos para comprar os presentes de fim de ano.
_ Será ótimo, temos que fazer uma lista.
_ Vamos fazer agora?
_ Vamos. Depois quero ir para o banho, com você.
_ Vamos para o banho, depois fazemos a lista.
_ Não. Vamos fazer a lista...
_ Não, vem, vem para o banho comigo, vem...
_ Está bem...
Eles tomam banho juntos, trocam carinhos e carícias ardentes. Depois se
amam intensamente, a cumplicidade entre eles é cada vez maior.
_ Vou para o banho, sozinha.
_ Agora você pode.
Eles se preparam para sair, vão fazer compras para os amigos, os
colaboradores e familiares. Clara quer fazer uma surpresa para Ernesto, só não
sabe o que comprar para aquele homem, que tem tudo o que quer. Ela aproveita
para comprar a decoração da casa dela e da casa de campo.
_ Clara, compra a decoração para nossa casa.
_ Nossa casa?
_ Sim. Ela nunca teve decoração de fim de ano, agora que tem uma dona.
_ Vamos decorar, cada casa de um jeito, assim não ficamos cansados da
decoração. Pensei numa decoração alegre e colorida para casa de campo, o que
acha? Já que estaremos todos reunidos lá, melhor que seja animado, depois
passaremos Natal e Ano Novo.
_ Perfeito! O que é uma decoração alegre e colorida?
_ Engraçadinho.
_ Estou brincando.
_ Uma decoração tradicional, verde e vermelho para sua casa, pode ser?
_ Pode, gostei.
_ E para nossa outra casa, uma decoração rústica.
_ Estou adorando fazer compras de Natal, decoração, nunca fiz isso.
_ Onde passava as festas?
_ Viajando, muitas vezes sozinho.
_ Agora, passará comigo, daqui até a eternidade...
_ Serão os melhores séculos da minha vida.
_ Séculos? Anos das nossas vidas.
_ Não. Eternidade igual a séculos juntos. Agora é minha pelos próximos
séculos.
_ Combinado.
Eles compram a decoração e continuam as compras de presentes. Clara e Ernesto
estão longe das famílias e decidem passar os dois próximos finais de semana, na
casa de seus pais e familiares, juntos.
_ Será uma grande oportunidade de conhecer meus familiares. Levamos os
presentes de fim de ano e apresento minha futura esposa.
_ Esse fim de semana, vamos para a casa de seus pais. E no próximo, para
dos meus.
_ E você vai me apresentar como seu futuro marido?
_ Quem sabe, se você merecer...
_ Como assim?
_ Brincadeirinha...
_ Vou te apresentar como meu futuro cônjuge.
_ Vem aqui e me dá um beijo.
_ Um só?
_ Não, muitos...
Eles fazem quase todas as compras, e vão jantar. Depois seguem para o
hotel, felizes. Quando chegam tem um recado para Clara na recepção.
_ Senhora, tem um recado e um cavalheiro aguardando no bar.
_ Me aguardando? Ela pega o recado e vê que é da Mariah, dizendo que
Vitor sabe que ela está em São Paulo.
_ Será que é ele?
_ Clara fica aqui eu vou resolver isso.
_ Não, se você for lá vão acabar brigando. Não quero que passe por isso.
Vamos juntos.
_ Está bem.
_ Por gentileza, pode pedir para os seguranças ficarem atentos, essa
pessoa está sendo inconveniente e estamos preocupados.
_ Sim, vou avisar os seguranças.
_ Grata!
Eles chegam ao bar e Vitor está lá.
_ Oi. O que você quer?
_ Quero você.
_ Você quer arrumar confusão. Não tem o direito de falar assim com a
minha futura esposa.
_ O que?
_ Você está pensando em casar com esse velho?
_ Vitor, o que você quer? Não tenho que te falar nada. Diz o que quer e vai embora.
_ Já falei.
_ Eu vou arrebentar esse cara.
_ Ernesto, pára. Ele quer tumulto. Se é só isso, tchau!
Clara sai com Ernesto que está enfurecido, ela tem dificuldade em
acalmá-lo. Avisa na recepção que ele está proibido de incomodá-la. Eles sobem.
Ernesto não aceite a postura do Vitor.
_ Estamos reféns desse marginal?
_ Não. Vai passar, ele encontrará outra para dar o golpe. Não deixa que
isso contamine nossa noite, por favor.
_ Pedindo assim. Vou tomar um banho para me acalmar.
_ Quer companhia?
_ Hum! Quero lógico que quero. Vamos tomar um banho de banheira?
_ Vamos.
Eles tomam banho e vão para cama. Acordam cedo, ela tem muitos
compromissos e Ernesto está mais tranquilo. Tomam café no quarto para manterem
a privacidade, depois ela liga para Márcio e João Pedro e combina de encontrar
com eles no hall do hotel. Ernesto diz
que irá acompanhá-la, porque está preocupado com o assédio de Vitor, ela aceita porque também está
preocupada.
O dia é intenso para Clara, que chega já tarde no hotel. Ernesto está
dormindo, ela aproveita para tomar banho, quando sai ele está acordando, ela se
deita ao lado dele, e ficam juntos em silêncio. Se beijam, se olham, se admiram
e conversam sobre o dia dos dois. Depois, Clara sugere que eles jantem no hotel
e descansem, ele concorda e prefere jantar no quarto, para que possam
conversar. Escolhem seus pratos e pedem.
_ Clara como será seu dia amanhã?
_ Tenho reuniões na parte da manhã, almoço com Saulo e Samuel e depois estou
livre. Pensei em analisar os novos projetos com minha equipe, e você?
_ Tenho duas reuniões pela manhã e estou liberado. Podíamos fazer o
restante de nossas compras, o que acha?
_ E sexta-feira?
_ Tenho um compromisso de manhã.
_ Um compromisso?
_ É, importantíssimo.
_ Está bem. Amanhã tenho uma reunião pela manhã, depois almoço com o
Saulo e Samuel. Ah! Depois tenho o Augusto.
O Mendes me ligou querendo tomar um café, também.
_ Estranho, vou com você.
_ Não, ele quer conversar comigo.
_ Ah! Entendi, só com você?
_ Ciumento... Acredito que queira ajuda para o presente da Rúbia. Vou
encontrá-lo no café aqui do hotel.
Chega o jantar, eles continuam conversando.
_ Amanhã, terei você a tarde?
_ Sim. E na sexta-feira, vai ser
complicadíssimo.
_ Por quê?
_ Porque estou livre, serei toda sua.
_ É mesmo?
_ Foi desmarcada a reunião de sexta, ficou para janeiro.
_ Que ótimo.
_ Vamos deixar para sexta-feira nossas compras, amanhã eu faço o que é
preciso e depois trabalho com os meninos, saímos para jantar.
_ Está bem, já que não posso mudar isso.
Eles jantam, assistem a um filme e dormem cedo. Na manhã seguinte Clara
vai para seus compromissos, Ernesto também. Depois das reuniões da manhã encontra
seus amigos Saulo e Samuel, que estão fazendo um acerto político. Ela participa
do almoço com eles. Saulo não desistiu, continua investindo em Clara, que se
faz de desentendida. Clara e Saulo vão para reunião com Augusto, que também
está estabelecendo uma parceria política, intermediada por ela. Quando chega ao
hotel a tarde, Ernesto a espera ansioso.
_ O que houve?
_ O Vitor estava aqui, na frente do hotel quando cheguei. Não aguentei,
fui falar com ele.
_ Nossa, que situação desagradável.
_ Ele me agrediu verbalmente, chamei o segurança e a policia.
_ Ernesto, e o que fez?
_ Um boletim de ocorrência online por agressão verbal.
_ Está certo, fez bem. Te amo, sinto muito que tenha que passar por
isso, meu querido.
_ Quero que acabe.
_ Eu também.
_ Ele ficou desesperado quando chamei a policia.
_ É mesmo? Será que ele tem problemas?
_ Não sei. Vamos esquecer esse episodio e falar de amanhã?
_Vamos. Amanhã compramos o que está faltando e vamos embora, certo?
_ Certíssimo, quero ficar em casa um pouco, estou sentindo falta da
minha casa.
_ Vamos fazer isso cedo, porque assim voltamos para casa, o que acha?
_ Perfeito. Vou mandar um material para Mariah, que assim fica um único
relatório para fazer no fim de semana, ou melhor, não fica, esqueci que amanhã
não terei reunião.
_ No fim de semana iremos à casa dos meus pais?
_ Sim, achei que iríamos ficar em casa.
_ Quer deixar para depois?
_ Não dá, no próximo vamos para a casa dos meus pais. Depois estamos na
semana do Natal, iremos para a casa de campo.
_ Ficaremos pouco em casa. Você tem outras viagens antes das festas?
_ Não. A empresa dá aquela parada de 15 dias, aproveitamos para ficar em
casa.
_ Nossa será ótimo, merecermos dias de tranqüilidade em nossas casas.
Eles dormem e acordam cedo para fazer as compras e seguir para casa.
Chegam cedo e aproveitam para descansar, não avisam ninguém que já voltaram,
querem ficar a sós.
Na manhã de sábado ligam para os amigos, combinam de almoçar juntos no
Valentim. Clara e Ernesto seguirão para casa dos pais dele, à tarde. A semana
foi intensa para todos, eles contam suas experiências, dividem algumas preocupações
e depois combinam como será o fim de ano de todos. Clara e Ernesto avisam que a
decoração da casa já está comprada e que irão entre os dias 17 e 18 para casa de campo e ficarão lá, até a
primeira semana de janeiro.
_ Tem uma novidade, agora os celulares já funcionam por lá. Não
ficaremos incomunicáveis, ou parcialmente incomunicáveis.
_ Que ótima noticia!
_ Bom! Nós precisamos ir.
_ Vocês estão apressados...
_ Vamos viajar.
_ Outra vez?
_ Estão vivendo na estrada?
_ Vamos à casa dos meus pais.
_ Ernesto, vai apresentar a namorada para os pais?
_ Vou apresentar minha futura esposa.
_ O que?
_ Pára tudo, vocês vão casar?
_ Um dia, vocês não?
_ Sim.
_ Olha só, na próxima semana nos encontramos, só as meninas para
fazermos os cardápios das festas de fim de ano.
_ Está bem, vou pesquisar os gostos de cada um.
_ Ótima ideia, vale a pena fazer isso.
_ Bom, precisamos ir.
Eles se despedem e seguem para casa de Clara. Depois seguem para a casa
dos pais de Ernesto que moram numa cidadezinha no interior. O encontro é muito
saudável, os pais dele, apesar da idade, são animados e simpáticos, ficam
felizes com a escolha de Ernesto. Tudo corre muito bem. No domingo a noite eles
retornam.
A semana seguinte é mais tranquila. Clara e Ernesto passam a semana
juntos, mais na casa de Clara, ele já está quase morando lá. Ficam na casa dele
dois dias, aproveitam para fazer a decoração de Natal juntos. Tem algumas
confraternizações de fim de ano, e eles vão sempre juntos. Clara percebe que
Ernesto chama atenção de muitas mulheres e se sente incomodada. Alguns amigos
de Ernesto também falam dela, deixando-o irritado. Ele esclarece que aquela é a
mulher de sua vida.
Clara se encontra com as amigas e eles acertam os cardápios das festas e
o que devem levar para casa de campo. Elas sabe que os colaboradores de Ernesto
podem fazer compras para eles, então,
focam nas especiarias, e ingredientes que são difíceis de encontrar numa cidade menor.
No fim de semana seguinte, eles seguem para a praia, vão visitar os pais
de Clara, que se encantam por Ernesto. Passam dois dias, com eles. E voltam
para casa. Três dias depois seguem para o campo. Nos dias que estão na cidade
aproveitam para fazer as compras que faltam e vão a outros eventos de fim de
ano.
Clara diminui o ritmo na empresa, faz uma reunião de fim de ano com
todos e uma confraternização, da qual Ernesto participa. Na empresa dele também
acontece uma festa de confraternização, que se dá num hotel. Ele chega de mãos
dadas com Clara e a apresenta como sua futura esposa para espanto de todos.
Passam uma semana na casa de campos antes dos amigos chegarem e
aproveitam para conversar sobre o futuro e se amam muito.
Um “doce” canalha - Parte XXXVI – “Uma”
canalha é pior que “um” canalha? O fim e o
começo...
Os amigos chegam no fim de semana que antecede o Natal, é muita animação
e diversão. Cada um se instala em sua suíte.
_ Está parecendo hotel, já temos nossas suítes reservadas.
_ Clara, a decoração da casa está lindíssima.
_ Maravilhosa, com um astral muito bom.
_ É o amor que se instalou aqui.
_ Fizeram boa viagem?
_Fizemos uma ótima viagem.
_ A Fedra e o Mesquita não chegaram?
_ Não, chegarão à noite.
_ Fiquem a vontade, estávamos nos preparando para caminhar um pouco.
_ Boa ideia.
_ Mendes, estou cansada, vamos ficar para desfazer as malas e descansar
um pouco.
_ Vamos caminhar, estou animado com esse ar puro, essa natureza
revigorante.
_ Vamos, Rubia?
_ Está bem.
_ Querem fazer um lanche antes?
_ Eu quero, saímos cedo e não consigo comer nada muito cedo.
_ Vou pedir para prepararem a mesa na varanda.
Clara pede para Tônia arrumar um lanche na varanda. E já passa as
instruções para o almoço e jantar.
_ Dona Clara, estou adorando ter uma mulher de verdade nessa casa.
_ Como assim?
_ “Seo” Ernesto nunca teve uma mulher que passasse da porta da cozinha.
_ Entendo. Agora, tem vida nessa casa.
_ E a decoração de Natal está linda. Meu marido ficou emocionado de
ver o “Seo” Ernesto arrumando com a
senhora a casa.
_ Que bom! Estamos felizes, Tônia.
_ Qualquer duvida me fala.
Clara encontra os amigos na varanda, estão falando dos dias que passarão
naquele lugar tranquilo.
_ Vou sair daqui um novo homem.
_A Rúbia está fazendo milagre com você.
_ Estou mesmo.
_ Ele está com ar mais jovial, mais simpático e menos sisudo.
_ Nossa, me achavam velho e antipático?
_ Não. Sempre foi adorável. Agora, era muito sério e intransigente em
muitas coisas. E, olha que te conheço desde sempre.
_ É verdade, nossa amizade é longa.
_ Depois do lanche saímos para caminhar e voltamos para o almoço, Tônia.
_ A Dona Clara já me passou as
instruções do almoço e do jantar.
_ E o que teremos para o almoço?
_ Surpresa, não é Tônia?
_ É sim, e uma surpresa muito
boa.
_ Tônia você já está do lado da Clara?
_ Patrão, é muito bom te ver assim feliz. E uma mulher como Dona Clara
pode dá um jeito na sua vida.
_Olha só, a Tônia já foi seduzida pela Clara.
_ E não é verdade?
_ É verdade, Tônia. Essa mulher está me dando uma nova vida.
_ É o amor...
_ Gente, vamos caminhar?
_ Vamos até a cachoeira?
_ Adorei. Aquele lugar é lindo!
_ Precisamos levar câmeras para fotografar tudo.
_ As flores que tem nessa região são lindas.
_ E os pássaros?
_ Um pedacinho do paraíso.
Os amigos caminham pelo campo, fotografam a natureza e descansam a
sombra de uma arvore a beira da cachoeira. Eles conversam e aproveitam para
curtir o clima de romance. Voltam para casa e vão para o banho, o dia está
quente. Depois almoçam e decidem descansar um pouco. Clara e Rúbia, combinam de
levantar mais cedo e arrumarem algumas coisas da decoração da casa. Elas
colocam os últimos enfeites, pensam onde montar a ceia de Natal e mudam a árvore
de lugar. Deixam próximo da lareira, saem para colher umas pinhas, e algumas
flores para montarem um arranjo.
_ Clara a casa do Ernesto é linda.
_ O lugar é maravilhoso, a casa é simples, rústica e muito aconchegante.
_ É aconchegante mesmo.
_ A Fedra e o Mesquita devem chegar daqui a pouco.
_ O Mesquita precisou passar na empresa para resolver umas coisas para o
Ernesto.
_ E o Vitor?
_ Continua com as mensagens, não desiste. Não tenho noticias, tenho
apagado todas sem ler.
_ Pois é. Vou aproveitar que o Ernesto não está por perto para te
contar. Ele está com problemas sérios.
_ Rúbia, não me interessa.
_ Eu sei, e fico feliz, mas me
preocupa porque ele está respondendo a um processo na justiça.
_ Preocupa o que?
_ A empresa, você.
_ Não tenho nenhuma ligação com nada, menos ainda, a empresa.
_ Eu sei. Ele está super queimado no mercado e o comentário que está
circulando na cidade, é que perdeu tudo.
_ Ninguém consegue manter tantas mentiras por tanto tempo. Um dia o
castelo dele tinha que ruir. Agora, não quero falar sobre ele. O ano está
acabando e ele ficará aqui no ano de 2013, esquecido.
_ Está certo. Não vou mais tocar no nome desse infeliz.
_ Agradeço. E o Mendes?
_ Está ótimo, se soltando. Deixando aquela sisudez de lado e sendo mais
carinhoso.
_ A profissão influencia muito na postura dele.
_ Eu sei. Respeito muito o trabalho dele. E sei o quanto é estressante e
exige concentração e postura. Só quero que ele se divirta quando está fora
daquele ambiente.
_ Ele está aprendendo, precisa ter paciência. Está fazendo bem a ele,
está na fisionomia.
_ E ele me faz muito bem.
_ Isso é perceptível, está mais serena.
_ O que um grande amor não faz?
_ Faz milagres. Estou mais leve, mais alegre e me permito brincar,
rir e me divertir. O Ernesto é um grande
presente.
_ Por falar em presente, como foi difícil escolher um presente para o
Mendes.
_ Imagino. Porque sofri para escolher o do Ernesto.
_ O que vai dar?
_ Vários presentes, pequenos mimos e um cavalo.
_ Um cavalo?
_ Ele me disse que queria comprar um cavalo, um puro sangue lusitano.
_ Nossa é um presente exótico.
_ É um presente para um homem que tem tudo o que quer. Vou dar um
relógio, um perfume, uma cueca de seda, agora o cavalo é “o presente”.
_ E ele, sabe o que vai te dar?
_ Não falamos sobre presentes.
_ E qual é o presente do Mendes?
_ Nossa, agora acho que meu presente não vai ser nada.
_ Como assim?
_ Vou dar um relógio, perfume e uma bolsa de couro importada que ele
estava querendo.
_ Adequados ao estilo dele.
_ E tem ideia do que vai ganhar?
_ Nenhuma, não consigo imaginá-lo comprando presentes para mim.
_ Estive em São Paulo com o Ernesto, fizemos compras e não imagino o que
ele comprou.
_ Uma jóia, provavelmente.
_ Me deu no aniversário. Acho que não vai repetir agora. Apesar, que
sinceramente, já me deu o maior
presente, estar com ele e feliz.
_ O Mendes é o meu maior presente, esse ano foi antes e depois dele.
Começar um novo ano com ele é mais um presente.
_ Para mim também, o Ernesto é o melhor presente.
As amigas são surpreendidas por seus amores.
_ Pedi para Tônia preparar um suco para nós. Ela disse que tem bolo e
pão caseiro.
_ Amor se todos os dias forem assim, vou sair daqui rolando.
_ Clara, pára você está ótima.
_ Obrigada, Mendes. Isso, porque não me deixo seduzir pelas delícias da
Tônia.
_ Você ficaria linda se engordasse um pouquinho.
_ Sei. Está querendo me ver gorda.
_ Não. Você é magrinha e está tudo certo.
_ Acho bom, não quero engordar.
_ Vamos tomar o lanche.
_ Olha! Fedra e Mesquita.
_ Chegaram na hora certa, hora do lanche.
_ Oi e tchau!
_ O que houve Fedra?
_ Eu chego e tem uma mesa com lanche. Ai meu Deus, vou sair daqui em forma de bola.
_ Acabei de falar isso. Fizeram boa viagem?
_ Ótima.
_ Tudo bem, Mesquita?
_ Tudo certo. Eu adorei chegar com essas delícias, porque estou com
fome.
_ Então, vamos para mesa. E Fedra, o jantar é uma surpresa e sei que você
adora.
_ Olha a Clara mandou caprichar no almoço, se o jantar for no mesmo
estilo, vou sair para caminhar a noite.
_ Estou falando, estou falando.
Os amigos fazem o lanche. Fedra e Mesquita se acomodam. Um sai para
passear, outro vai ler um livro, Clara e Ernesto vão para o banho e depois se
acomodam na sala, que está mais fresca. A noite no campo é bem agradável. Eles
deitam e ficam olhando o céu pela janela. Estão felizes. O domingo segue cheio
de atividades ao ar livre, passeios e muitas comidinhas. Na segunda-feira as
meninas começam a preparar a decoração com flores nativas para o Natal,
espalham algumas velas lindíssimas pela sala e varanda.
Na terça-feira pela manhã, os presentes começam a aparecer sob a árvore
de Natal. Clara está ansiosa com a chegada de seu presente, já deixou tudo
ajustado com o caseiro de Ernesto, que irá acomodar o cavalo até a hora da
ceia. As amigas deixam tudo pronto para noite de Natal, escolhem a louça, as
toalhas, os amigos cuidam das bebidas, vinhos e prosecco.
À tarde, todos vão para seus aposentos e dormem, para estarem bem
dispostos a noite. Todos mandam mensagens para os familiares e amigos.
Respondem inúmeras mensagens e recados. Vitor manda uma mensagem para Clara,
pede desculpa e se diz apaixonado. Ela não responde. Depois de repassarem com
Tônia tudo para a grande festa, elas vão se vestir.
_ Vocês vão colocar vestido?
_ O meu é um vestido vermelho.
_ O meu é azul cobalto.
_ Eu trouxe um vestido, achei que iriam estar mais a vontade.
_ Relaxa, Fedra. Cada um veste o que quiser.
_ Não vou por uma roupa mais simples, se as duas peruas estarão todas
embonecadas.
_ Uma bermuda bonita e uma camiseta de seda, com salto fica um charme.
_ Vou por meu vestido, só que é prata, pensei em usar no Ano Novo.
_ Durante a semana saímos e você compra outra peça.
_ Boa ideia, eu quero comprar alguma coisinha. Quem sabe encontro outro
vestido para o Ano Novo.
_ Eu apoio.
_ Vamos nos vestir?
_ Ernesto, vamos nos arrumar?
_ Vamos.
Todos se arrumam para festa.
_ Clara, você está linda com esse vestido vermelho. Adorei!
_ É para você.
_ Fico feliz de estarmos aqui, e só os amigos, porque você vestida assim
me daria um trabalho.
_ Engraçadinho! Você está lindo, lindo e lindo.
_ Amo você!
_ Eu te amo!
Eles se encontram na sala. Todos estão prontos, lindíssimos.
_ As nossas namoradas estão lindas.
_ Concordo Mesquita. Todas lindas!
_ E os nossos namorados estão deslumbrantes.
_ Temos bom gosto, amiga.
_ É verdade, escolhemos muito bem.
_ Dona Clara, a senhora pode vir até a cozinha.
_ Sim.
_ Tônia, não tira ela daqui.
_ Já volto meu amor.
_ O cavalo chegou, tem que assinar um documento.
_ Ah! E ele está bem?
_ Dona Clara, é um lindo animal, o patrão vai gostar muito.
_ Que bom, ele está bem?
_ Está sim.
_ Ótimo! Assim que formos trocar os presentes te aviso.
_ Está certo!
Clara volta para sala.
_ Chegou!
_ O que houve?
_ Queremos trocar os presentes agora.
_ Não vamos esperar a meia-noite?
_ Não. Vamos trocar agora.
_ Está bem, quem começa?
_ O Ernesto, o dono da casa.
_ Começamos pelas lembrancinhas ou pelos presentes das amadas?
_ Vamos começar pelas lembrancinhas.
Todos os amigos trocam lembranças de Natal. E depois começam os
presentes.
_ O meu presente, para Clara, precisa ser dado lá fora.
_ Lá fora?
_ É.
Todos seguem para varanda. Ernesto pede que acendam as luzes do jardim.
Lá está um lindo carro importado.
_ Ernesto, um carro?
_ Você merece, meu amor.
_ Que lindo! Adorei. Comentei com você que queria trocar de carro e você
me perguntou o que pretendia. Não existe homem como você.
_ Gostou?
_ Adorei. Vamos ter que dar uma olhada.
Eles olham o carro e Clara chama atenção de todos.
_ Já que estamos aqui fora vou aproveitar para dar o presente do
Ernesto.
_ Vai dar um carro?
_ Não.
_ Amor esse é o meu presente.
_ Um cavalo puro sangue lusitano?
_ Clara, falei que estava pensando em comprar, que presente maravilhoso.
_ Investiu, não é um cavalo barato.
_ Gente, dá pra deixar o restante para amanhã?
_ O que houve Mesquita?
_ Nossos presentes.
_ Parem com isso. Agora vou dar os presentes do Ernesto.
_ Tem mais?
_ Tem coisinhas para ele.
_ Um relógio, da marca que uso, lindíssimo. Um perfume, novo, diferente e gostoso. E o outro
não vou mostrar...
_ Por quê?
_ Porque é muito intimo.
_ Mostra, mostra, mostra...
_ Não, não, não...
_ Clara, tenho outro presente.
_ Devíamos ter deixado os dois para o final.
_ Meu amor, que lindo!
_ É o nosso anel de compromisso.
_ Amei.
_ Quem vem agora?
_ Mendes vai lá.
_ Eu?
_ Alguém tem que ir.
Assim todos trocam presentes, Rúbia e Fedra, ganham lindas jóias e dão
relógios, perfumes, pastas e canetas de presente para seus amores. Depois
seguem para ceia e Ernesto tinha deixando uma queima de fogos programada para
meia noite. Todos se surpreendem com aquele lindo espetáculo. Os amigos ficam
na varanda e admiram o céu estrelado e a lua que está linda. Já é madrugada
quando vão dormir. Acordam tarde no dia seguinte, só Ernesto acordou cedo, para ver seu presente.
Eles tomam café e vão ver o cavalo de Ernesto, depois fazem uma
caminhada. Almoçam e descansam. Estão animados e combinam de jogar cartas a
tarde. Eles se divertem com vários jogos de carta e tabuleiro. Depois fazem um
lanche e dormem cedo.
A semana segue no mesmo ritmo, todos se divertem com passeios a cavalo, caminhadas e banhos de cachoeira. Os amigos
pescam e jogam futebol com os funcionários
da casa. É pura diversão.
No fim de semana, Clara, Fedra e Rúbia decidem ir até a cidade para
fazer compras, querem roupas novas e precisam comprar algumas coisas para ceia
de Ano Novo. Ernesto pede que o motorista acompanhe as meninas.
_ Ernesto, vamos sozinhas. Quero ir com o carro, para testar.
_ Vai sair com elas antes de sair comigo?
_ Está falando sério?
_ Estou.
_ Desculpa, tem toda razão.
_ Vou com seu carro. Só que não precisa de motorista. Quero guiar um
pouco.
_ Não, a estrada que leva a rodovia, nesta época é movimentada, me
preocupa.
_ Está bem meu amor. Eu te amo,
amo muito!
_ Eu também! Não demora, porque vou ficar com muita saudade.
_ Pode deixar. Voltamos para o almoço.
_ Meninas, vamos.
_ Não vamos com seu carro novo?
_ Não. Vamos de motorista.
_ Por quê?
_ O Ernesto disse que a estrada é muito, movimentada e perigosa, nessa
época.
_ Ele está com ciúmes de você.
_ Também. Como não conhecemos nada, e tem movimento, vamos de motorista.
_ Esse Ernesto...
Elas vão até a cidade e fazem as compras que querem. Fedra encontra um
lindo vestido para a festa de Ano Novo. As amigas compram algumas peças.
_ É bom ter alternativas...
Voltam para o almoço. Depois descansam e a noite é animada. O fim de
semana termina com muita alegria e diversão. O dia 31 chega. Todos estão
animados com a festa.
_ A festa de Natal foi lindíssima e as meninas fizeram uma decoração
especial, a ceia saborosa, o que teremos no Ano Novo?
_ A decoração já estamos mudando, teremos uma ceia frugal. E deliciosas
sobremesas, prosecco e música.
_ Que tenha alegria e amizade.
_ Amor, amor e paixão
_ Sucesso e prosperidade.
_ Saúde e paz.
_ Sonhos realizados.
_ Desafios.
_ Solidariedade.
_ Espiritualidade.
_ Um feliz 2014!
Todos os amigos se abraçam.
_ E que esse ano, cada um de nós realize seu sonho mais profundo e que
nossa amizade perdure.
Eles se preparam para ceia. A meia noite, uma nova queima de fogos, e
uma chuva de pétalas de rosas brancas, amarelas e vermelhas caem sobre os
amigos na varanda. Eles se abraçam, se cumprimentam. E fazem um balanço do ano
que está se encerrando.
_ Fedra, estou muito feliz por ter você na minha vida!
_ Eu que agradeço todos os dias por ter te conhecido. E quero que a
minha nova empresa seja um grande sucesso.
_ Quero continuar feliz ao lado do Mendes e realizar um sonho antigo,
que depois da fala da Clara me animei a retomar.
_ Vai nos contar?
_ Depois que ela contar o dela.
_ Eu quero aprender a viver com mais leveza, ser menos rabugento como a
Rúbia me chamou. Quero ser feliz, ao lado dessa mulher especial, que tem dado
um novo sentido para minha vida.
_ Clara esse foi o melhor ano da minha vida. Encontrar você foi um
presente especial.
_ Você é meu príncipe.
_ Vamos casar?
_ Vamos.
_ Sério mesmo?
_ Sim. Quero ficar com você para sempre.
Os amigos aplaudem, assobiam e abraçam o casal.
_ Quero falar duas coisas, importantes. Vou aceitar o convite do Ernesto.
Os projetos estão encaminhados, agora posso me desligar da empresa. Farei isso
em janeiro.
_ Meu amor, que presente maravilhoso. Quero muito que acompanhe a parte
final de criação da empresa e que esteja presente em todas as etapas. A empresa
é para você.
_ Calma! A empresa é sua e serei sua colaboradora.
_ Vamos nos casar, a empresa será nossa.
_ Está certo! Agora tem outra coisa.
_ O que mais?
_ Estou escrevendo um livro.
_ O que?
_ Sempre quis escrever um livro, é meu grande sonho.
_ Meu amor, um livro? Nossa, que coisa linda.
_ Então, meu livro, o primeiro de muitos, quero lançar no próximo ano.
_ Tem todo meu apoio. Tem titulo?
_ Tem: Um doce canalha.
_ Clara, que interessante.
_ Todos vocês fazem parte do meu livro.
_ Clara, vamos lançar juntas.
_ Desconfiei, que estava escrevendo, vamos fazer uma grande festa de
lançamento dos nossos livros.
O ano de 2014 começa. Fedra e Mesquita viajam para Itália. Rúbia e
Mendes vão para França. Clara e Ernesto estão envolvidos com a nova empresa.
Clara e Rúbia lançam seus livros em fevereiro, numa noite de autógrafos animada,
com muita musica e gente bonita.
O livro de Clara termina com um agradecimento:
_ “Agradeço ao Vitor, porque se ele não existisse na minha vida, esse
livro não teria sido escrito.
_ Agradeço ao doce canalha, que cumpriu com seu papel e me deu material
para escrever o primeiro de muitos outros livros.”
De um limão, Clara fez uma doce limonada...
De um canalha, um livro e o encontro de um grande amor...
FIM